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Estamos diante de uma sociedade cada vez mais dependente da tecnologia da informação para conduzirmos nossas atividades diárias e esse engajamento só tende a se tornar mais forte!

Tomando como raciocínio base a Revolução Industrial, podemos testar uma teoria, já defasada, parafraseando Henry Ford naquele momento próspero início do século XX: “Vamos produzir qualquer carro desde que seja preto!”. Assim, por que este sistema capitalista de escala de produção não mais se adequa ao nosso mercado de hoje?

Em rápido resumo em resposta a esta provocação, concluímos que naquele momento a empresa atendia a uma demanda gerada pelo mercado, e, consequentemente, seus clientes satisfaziam seus desejos nesta concepção. Naquela época, os consumidores eram passivos. Hoje, o cenário se reverteu ao nosso favor. Tornamos-nos consumidores ativos, formadores de opinião!

Com isso, forçamos as empresas a se deslocarem de uma zona de conforto para pousar no mercado do marketing 3.0, realidade em que os consumidores também falam, opinam e criam seus produtos. Quem insistisse em não reagir e se adequar a este novo cenário corria e corre o sério risco de ser engolido pela megalópole das informações. Agora o consumidor é quem decide o quê, quando e quanto consumir.

A informação está na crista da onda, globalmente instantânea e conectada. Cenário em que a internet e sua popularização foram seus grandes propulsores. Essa democratização do acesso transferiu aos consumidores o poder em trocar opiniões sobre uma marca, desprezá-la, valorizá-la e até mesmo co-criar produtos customizados que atendam desejos individuais.

Com isso, a lógica de mercado se tornou revés e a pirâmide se inverteu conjunturalmente obrigando as grandes marcas a se alinharem com seu público através de múltiplas plataformas. Encantar antes de vender. Vender encantando, ou mesmo, utilizar-se da sinceridade caso sua empresa não consiga atender em produto e/ou serviço o desejo deste cliente indicando-o então, e em uma ação camarada (estratégica), para que um concorrente possa suprir este cliente cheio de desejos. Mesmo o termo concorrente já não pode ser encarado com o mesmo peso de significância que esta palavra detém. Difícil pensar em um concorrente parceiro? Sim e risos!

Outro aspecto importante é sentirmos que a modernidade trouxe conforto e otimização das nossas tarefas diárias. Isso muito claro e evidente mas, para todo bônus há de se ter o ônus. Bem, neste caso evoluímos no cenário econômico, tecnológico, político e educacional – não que o mundo seja perfeito nem ao menos próximo deste adjetivo. Porém, está diante de nossos olhos o detrimento dos valores humanos e do meio ambiente, que sim: fazem parte do ciclo de vida de uma empresa, como ela se comporta, se sustenta, consome e se auto consome.

Por questões ambientais, sociais, comportamentais até mesmo cabe citar o consumismo indiscriminado. Nos tornamos uma máquina conflitante na qual, detemos o ápice da inteligência tão logo também somos a grande mazela do planeta. Tanto a evolução tecnológica quanto a humana dependem de bens de subsistência: água, ar e ambiente. O formato de consumo indiscrimado é perigoso! Mas isto é assunto para outro bate-papo.

Portanto, aqui visualizamos rasamente as razões pelas quais as grandes marcas tiveram que posicionar-se para conquistar e fidelizar seu público.

As ações de marketing, branding e endomarketing são as quais sustentam as marcas neste mercado de constantes transformações. A exemplo dos aspectos acima, que obviamente não únicos, oxigenaram nova vida às corporações de longos anos de vida como Itaú, Bradesco, Coca-Cola e as novas empresas que nascem dotadas desta visão comportamental do mercado transmitindo carisma, responsabilidade social, integração nas redes sociais, extensão de marca além de projetar-se maleavelmente neste mercado voraz. Oportunidade esta bem aproveitada pela gigante Apple que agregou novo valor ao aparelho celular e hoje, com esse leque de ferramentas oferecidas no aparelho – e nos demais aparelhos como um todo, o celular é utilizado em apenas 15% das suas tarefas para sua atividade vital: realizar chamadas. Assim, os demais 85% foram estrategicamente aproveitados pelos fabricantes agregando outros valores a este objeto que se tornou produto de essencial consumo.

Editora Elieser

Philip Kotler, Marketing 3.0

Sustentar-se no mercado é se tornar um agente visionário ao ponto de detectar tais oportunidades e multi plataformas utilizando-se de maneira diferenciada para pescar o coração do seu público sem deixar que a curto, médio e longo prazo ele morra. Uma excelente indicação de leitura para mergulhar um pouquinho mais nesse assunto é o livro Marketing 3.0, de Philip Kotler.

 

 

 

Por Aline Soares


Aline Soares é especialista SEO, Diretora Executiva e fundadora da Agência Canzar. Publicitária, apaixonada por inovação e novos produtos. Autora no blog Sinuca de Marketing. Nele, desde 2010 compartilha experiências e aprendizados em Digital Marketing, vividos em estratégias digitais de grandes empresas.

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