Eles são capazes de redirecionar holofotes. Reorganizar públicos e montar uma cadeia de comportamento de consumo mais próxima à realidade de como é nossa sociedade – plural. Do digital ao offline. Aqui, uma breve reflexão de:

  • Como o Whatsapp transformou o mercado Telecom
  • A importância do empreendedorismo para sacudir grandes empresas
  • Youtube e a explosão dos vídeos e conteúdos DYI
  • Como o buscador Google fomentou a necessidade do SEO para ter sucesso na internet aos “novos públicos” e modo de consumo online-offline, desktop-mobile
  • Onde estavam as ditas minorias na cadeia de consumo?

Curiosa/curioso? Boa leitura!

o que seo google empreendedorismo whatsapp tem em comum

Os smartphones eram pequenininhos…

Quando a gente pensa em dependência tecnológica é fácil compreender o acelerar das mudanças.

Logo ontem tínhamos outros smartphones à mão que, quanto menor, melhor. Logo, as telas foram aumentando a medida que nós fomos nos tornando mais dependentes do celular para fazer tudo. O conceito “a segunda tela” logo surgira por volta dos anos 2010.

Este termo (segunda tela) traduzia como estávamos inclinados a nos tornarmos reféns deste ilustre aparelhinho.

Refém não num sentido negativo como um todo mas sim que, o que viria dali por diante impactaria nos comportamentos de consumo e desafios que a segunda tela traria aos relacionamentos humanos e sociedade.

As operadoras de telefonia

É fácil lembrar como as operadoras Telecom se posicionavam no mercado há bem pouco tempo atrás.

A competitividade vinha através de planos pré pago, controle e pós pago que, nos permitia serviços de pacotes de ligações ilimitadas. Li-ga-ções!

Quem não se lembra dos comerciais publicitários com chamadas para fisgar nossos corações: “Ligações ilimitadas”, “200 minutos grátis todo mês”, “R$ 0,25 por ligação para qualquer número celular e fixo”… e por aí vai.

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Neste dado período, trabalhava no Marketing de uma das maiores empresas Telecom do país. Sentia um clima competitivo diário de equipes diversas em lançar planos, vantagens, chip pra lá, chip pra cá, plano família e tantos benefícios para pegar uma fatia deste “Falar ilimitado”.

Havia naquele momento um onda pulsante de novos aplicativos sendo lançados a cada dia no mercado digital – Fase inicial inclusive em que muitas agências de marketing digital montavam e consolidavam suas equipes de desenvolvimento de aplicativos.

O Whatsapp

De súbito, em meio à toda aquela onda de Apps, surgiria então o WhatsApp. Mensagens de texto em um aplicativo gratuito e mais um app no mercado, como tantos outros. 

O Skype já existia há algum tempo, o Telegram não vingou (voltou a tona recentemente com a Vaza Jato)… e tudo parecia normal e subestimado nos primeiros momentos de vida do WhatsApp.

Mas logo isso se tornaria uma bomba nos bastidores para gerentes e diretores do mercado Telecom que, exigiria diversas tomadas de decisão de mercado que ainda estavam em um túnel extremamente escuro.

O LIGADOR, comercial e slogan da operadora Oi.

Viam com desconfiança esta transição de comportamento e consumo. O que faria a diferença dali por diante seria o hoje famoso plano de dados. A virada de chave das ligações ilimitadas para DADOS.

Planos de Dados

Daquele ponto em diante, ninguém precisaria mais e não estaria mais disposto às ligações ilimitadas esbravejadas aos quatro cantos nas campanhas publicitárias da Oi, Vivo, TIM e Claro, até então.

E os planos de dados tomaram a dimensão ao que vemos hoje. As pessoas estão conectadas o tempo todo, agora não mais somente via Wi-Fi de forma caseira mas sim, carregam em seus bolsos a internet ilimitada que fez com os micro momentos e consumo de conteúdo disparassem.

3G e 4G

Também é valido mencionar da evolução da rede 3G para 4G, para 4G+, ++, plus e como cada operadora decidiu chamar sua rede de dados de alta velocidade.

Investimentos em antenas Wi-fi disponíveis gratuitamente em pontos estratégicos principalmente nas capitais do país – numa corrida armamentista (antenas e expansão de cobertura) em que tudo valia para o cliente ficar online permanecer “rentável” para as empresas de telefonia.

A portabilidade dentre operadoras, de forma gratuita e fácil seria o próximo desafio, mas aqui não cabe. Sigamos! Foco!

Wi-Fi em casa

Se pensarmos bem, há alguns meros 4 anos atrás podíamos até ter o smartphone mais moderno do momento no bolso mas uma grande fatia destes consumidores ainda não estavam online fora de casa para usufruir de todo este conteúdo que a internet viria a nos proporcionar. E diga-se de passagem: nos viciar. A internet das coisas em ponto de disparo. 

Plano de dados baratinho: A rua ficou online!

Tornar os planos de dados mais populares com esta pressão externa de evolução e consumo trouxe para as empresas de modo geral uma necessidade de retomada em readequações. E raciocinar caminhos em como rentabilizá-los, $ claro!

O Google percebeu que esta demanda MOBILE pulsante não teria volta. E passou a modernizar seu algoritmo para que nos melhores resultados de busca, somente websites responsivos (que se adaptam a tela de um smartphone) ocupasse o melhor ranking.

Sites responsivos

Os sites teriam de passar a ser responsivos e, naquele momento as agências de marketing tiveram uma enxurrada desta demanda de trabalho assim como agências SEO.

Este raciocínio de estar conectado o tempo todo também trouxe ao YouTube outros novos desafios, fomentou o boom das redes sociais “mais pesadas” em consumo de dados (como YouTube e Instagram), fomentou diversas vertentes de streaming e, consumo de conteúdos diversos, a serem consumidos de modo full time em nosso dia a dia. Seja em um wi-fi ou na rua com uma rede 3G/4G.

Online o tempo todo

Na fila do banco? Estamos online. No metrô indo para o trabalho? Estamos online. Pedalando voltando para casa? Estamos ouvindo um podcast.

Pesquisando pela melhor oferta de um produto? Estamos online, agora também em períodos de deslocamentos e “aproveitando” de forma conectada uma faixa de tempo outrora dedicadas ao modo offline – como ler um livro, uma revista ou simplesmente ver a paisagem da janela do ônibus passar.

O aumento de consumo dos vídeos e conteúdos DIY

Do It Yoursef! Já que agora podemos clicar no play de vídeos no YouTube mesmo quando não estamos em casa é considerável perceber que os vídeos e conteúdos do tipo “do it yourself” (DIY) passaram a fazer parte do nosso dia a dia.

No buscador disparamos “como escolher as cores para meu escritório”, “como cozinhar feijão”, “como pagar o IPVA do carro” e por aí vai… sem limites de tudo que não sabemos mas que então passamos a ter na palma das mãos cada solução para entraves do nosso dia a dia.

As empresas de modo geral começaram a se movimentar para atender à esta demanda de comportamento em conteúdo.

Nosso comportamento de consumo mudou

Nosso comportamento de consumo se transformou. O modo como assistimos filmes e séries, o modo como pedimos táxi, pedimos comida, alugamos hospedagens, realizamos compras e pesquisas como um todo.

Refletir portanto, que a “segunda tela” já faz parte da nossa retina. Quem diria que fosse tão rápido?

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A revolução Google e SEO

Antes mesmo de fundar a Agência Canzar, empresa especializada na otimização de sites para o Google, vivi um pouco do início SEO.

Momento em que rasas implementações em um website traziam 4 vezes mais tráfego ao portal (tráfego orgânico / daquele que vem exclusivamente das buscas e, que não links patrocinados).

O SEO de antes

Chegamos a trabalhar em um projeto de 60 dias no qual uma loja virtual que vendia 40 mil reais via tráfego orgânico passou a, com o desenvolvimento de uma estratégia SEO, entregarmos o projeto com este mesmo e-commerce vendendo 3,5 vezes mais (Receita de 135 mil reais, exclusivamente via SEO e trabalho diário no portal).

O Google ficou mais exigente

Hoje, o Google demanda aos profissionais SEO outros tantos desafios, cada vez mais benéficos para nós usuários. Estejamos no Mobile ou desktop.

Mas uma coisa não muda: o sucesso está ao lado das empresas que ocupam os melhores resultados de busca (orgânicas/que não links pagos) para suas palavras chave de negócio. Pois este é o momento que antecede qualquer decisão de compra: as buscas online.

E é no topo Google que empresas de sucesso estão – por sinal, este é nosso trabalho em escalar negócios através do SEO.

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Empreendedorismo

Já nascer de forma inovadora significa ter mais vantagens em competitividade. Temos e vivenciamos tantos desafios no mercado que é difícil refletir uma única linha de raciocínio. Mas de fato, nossas mudanças de comportamento estão tirando todas as grandes empresas de sua zona de conforto.

Inovação nas PMEs

Enquanto PMEs e o pequenos empreendedores já nascem focados em modelos de negócio mais eficientes – diga-se “não tão burocrático”, grandes empresas se tornam vagarosas para passar por estas transformações desejadas.

Pequenos empreendedores e PMEs já entram no mercado de forma inovadora. 

Hoje, nós da agência Canzar, temos 70% do nosso portfólio composto por pequenas empresas que entenderam que os micro momentos são vitais para construir autoridade digital – Resolver problemas para nossas vidas, ter este potencial solucionador, de ser útil, ter boa usabilidade, estar no topo Google, ter presença nas redes sociais para que nesta combinação, possam vender mais e sobretudo, melhor. Sejam quais forem os cenários macro econômicos.

Onde estavam as ditas minorias na cadeia de consumo?

Um país homogêneo é tão cafona. Exatamente por não sermos homogêneos. Temos tantas pluraridades, identidades distintas e experiências de vida que não podem mais ser resumidas ao perfil da novela das 8 de Manoel Carlos:

Brasil by Manoel Carlos:

Com a zona Sul do Rio de Janeiro bem próspera maravilhosa significando todo um país, com o protagonista com traços europeus, do preto colocado na favela, do beijo gay polemizado, da economia sustentada em grandes grupos familiares, somente.

Se acharmos normal que quando estudamos empreendedorismo, tecnologia, mártires da história e o perfil das pessoas que ocupam cargos de decisão terem, de forma esmagadora a mesma cara fenótipa… precisaremos refletir melhor o papel dos veículos de comunicação enquanto construção social em nosso país e das desigualdades sociais que nos atravessam por tantos séculos.

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Mulher histérica / Brava / Sem Sal. Campanha Natura contra rótulos. Revista EXAME. Agosto 2019.

Do papel que deram as mulheres, do machismo, da carga tripla de trabalho romantizada, do racismo e do preconceito orgulhoso com o que é “diferente”. Diferente de que? De quem?

O papel da Comunicação e Marketing nos recortes sociais

A revolução digital vem elucidar alguns destes. Tanto a mídia quanto a publicidade vem corroborando com alguns destes passos para equalizar atrasos sociais que só ganharam visibilidade com acesso à educação dos dito minorias, para fomentar economias alternativas e empurrar empresas gritando para quem consome que, também é multifacetado.

Um movimento que não viria espontaneamente da mídia, dos setores empresariais ou da publicidade. É um movimento goela a dentro mesmo.

Conclusão

Do Whatsapp subestimado > ao seu impacto no mercado telecom > ao modo como passamos a ficar cada vez mais conectados > imersos a internet das coisas e como ela se tornou rentável para as empresas > ao Google compreendendo a revolução mobile aplicando-a em seu algoritmo aos resultados de busca > como consumimos a partir das buscas e este o papel do SEO. Num efeito em cadeia, resumindo cada bloco disparador.

Tanta coisa a ser refletida não é mesmo? Aqui um pequeno pedaço de um bolo inteiro. Até a próxima!

O que acharam?

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